A pitiose é uma doença granulomatosa que atinge eqüinos, provocando quadro infeccioso na pele e região subcutânea. A doença é conhecida outros nomes como hifomicose, zigomicose, dermatite granular, “bursattee”, “Florida leeches”, granuloma ficomicótico e “swamp cancer”; no Brasil o nome popular mais conhecido é “ferida da moda”.
A pitiose ocorre em regiões de clima tropical, subtropical e temperado, tendo sido relatada nas Américas, alguns países europeus, sudeste asiático e Oceania. Não há predisposição por sexo, idade ou raça e a fonte de infecção são os zoósporos ambientais, não havendo relatos de transmissão direta entre animais e entre animais e homens.
As condições ambientais são determinantes para o desenvolvimento do organismo em seu ecossistema. Para a produção de zoósporos são necessárias temperaturas entre acima de 25°C e o acúmulo de água em banhados e lagoas. A grande maioria dos casos de pitiose foram observados durante ou após a estação chuvosa. Baseados nos dados epidemiológicos, acreditamos na existência de um período de incubação nos equinos de várias semanas. No Pantanal brasileiro, por exemplo, a maioria dos casos de pitiose eqüina são registrados entre os meses de fevereiro e maio (verão-outono), período que corresponde ao ápice das. Grande parte dos 38 casos de pitiose observados na Paraíba, foram registrados nos meses de julho a outubro, sete a dez meses após o início das chuvas na região.
A espécie eqüina é a mais atingida pela pitiose, não havendo predisposição de raça, sexo ou idade. As lesões cutâneas são as mais freqüentes e atingem principalmente as extremidades distais dos membros e porção ventral da parede toraco-abdominal, provavelmente devido ao maior tempo de contato com águas contaminadas com zoósporos. Os sinais clínicos caracterizam-se por lesões ulcerativas granulomatosas, formando grandes massas teciduais (5 a 500mm). O tamanho das lesões depende do local e duração da infecção e, apresentam secreção sero-sanguinolenta, muco-sanguinolenta, hemorrágica e às vezes mucopurulenta que flui através dos sinus.
Os animais apresentam intenso prurido e normalmente mutilam a lesão na tentativa de aliviar o desconforto. Claudicação é freqüente nos cavalos atingidos nos membros. Também a pitiose pode se disseminar para órgãos internos a partir de infecções subcutâneas. Os eqüinos com estas lesões atípica de pitiose não apresentam emagrecimento progressivo e, após um ano as lesões permanecem do mesmo aspecto e tamanho. Segundo consta, somente no pantanal brasileiro são registradas estas formas bizarras da pitiose nos eqüinos.
Desde o ano 2000, o Laboratório de Pesquisas Micológicas da Universidade Federal de Santa Maria [LAPEMI] vem produzindo um imunoterápico contra a pitiose em eqüinos, desenvolvido em conjunto com a Embrapa Pantanal. Também este IMT está em possui registro junto ao Ministério da Agricultura, tanto para produção e venda.
A vacina PitiumVac mostrou-se eficiente para eqüinos com pitiose clínica em mais de 80% dos animais com esta enfermidade.
Comprar Vacina Pitium-VAC